Problemas

Condições das estradas da zona rural de Pelotas causam transtornos

Na região do 5º distrito, transporte escolar não consegue chegar até alguns locais para levar alunos à escola

Foto: Jô Folha - DP - Estradas estão em condições precárias

Na zona rural pelotense, a má condição das estradas é motivo de reclamação dos moradores. Na região do 5º distrito, por exemplo, o transporte escolar não tem conseguido buscar todos os alunos por conta da situação das vias, que já causaram atolamento dos veículos mais de uma vez neste ano.

Próxima à Aldeia Gyró, na Cascata, uma das moradoras conversou com o DP enquanto levava o filho até a última parada em que o transporte escolar estava conseguindo acessar. "Ele vai com o micro mas, como está muito ruim, eles não estão subindo [até aqui] porque não dá mesmo. A van já atolou umas três ou quatro vezes aqui nessa estrada só esse ano", conta a mãe, Milene Reichow. Normalmente, o ônibus deveria andar por toda a estrada, mas estava fazendo o retorno no meio do caminho. Com pouca manutenção, a comunidade tenta ajudar como pode. O pai de Milene, que também mora no local, por exemplo, chegou a espalhar cascalhos e restos de telha nos buracos para minimizar a situação.

Alguns motoristas que trabalham com transporte na região, que preferiram não se identificar, garantem que a manutenção tem sido escassa. "Essa novela é sempre a mesma. O descaso é muito grande, infelizmente. Nossa condição de trabalho na estrada é zero", observa. Outro motorista complementa que, além dos prejuízos à comunidade escolar, as más condições das estradas também prejudicam os produtores. "Estamos em plena safra do pêssego. Os colonos estão carregando [produto] e precisam de estradas boas", observa. "É transporte escolar, caminhão da água, do leite. Tudo depende disso", finalizam.

Chuvas atrapalham serviço, diz Prefeitura

Através da assessoria de comunicação, a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), representada pelo diretor Wilson Karnopp, informou ao DP como funciona o serviço de manutenção das estradas da zona rural, que tem maquinário específico para a região. "A SDR organizou cronograma de manutenção que só pôde ser seguido até início de setembro, devido à instabilidade [climática]. Cada distrito ficava com uma máquina por 15 dias no mês. Desta forma, os administradores conseguiam manter a conservação das estradas em dia", explica. A SDR dispõe de quatro patrolas e auxílio de quatro tratores.

Ao todo, a zona rural conta com 1,2 mil quilômetros de estradas de chão, o que torna a manutenção mais difícil do que na zona urbana, por exemplo, que tem 400 vias não pavimentadas. De forma geral, o diretor admite que a situação poderia ser melhor na região. "A situação das estradas da colônia, atualmente, não é padronizada em qualidade. A frequência das chuvas é responsável por inviabilizar as atividades de manutenção. Para retomar o cronograma ideal, que vinha sendo praticado com êxito e com aprovação dos moradores da zona rural, é necessária uma sequência de dias secos, com chuvas somente dentro das médias mensais", comenta Karnopp.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Uma paz que dura há 100 anos Anterior

Uma paz que dura há 100 anos

Agora são 14 anos de espera Próximo

Agora são 14 anos de espera

Deixe seu comentário